Deixando esse jogo de palavras escroto de lado, vou focar em contar como foi meu feriado.
Na noite de quarta-feira eu só queria um pouquinho mais de tempo aqui em viçosa, já que não tinha ninguém em casa, eu podia fazer o que quisesse. Fora que pela inércia eu não estava muito animado pra ir até a rodoviária de madrugada carregando duas malas e uma mochila para ir pra casa. Mas eu sabia que iria valer a pena.
Eu sabia que ia ser foda.
Meu primo ia lá pra casa, isso por si só já garante a viagem, mas, como era casamento da minha tia foram também minha irmã + boy, tio, tia, outro tio, prima 1, prima 2 + boy. Casa cheia.
Eu sabia que iria no mínimo rir de alguma coisa.
As únicas vezes no ano em que eu rio de verdade são as com meu primo, a ultima vez que eu ri em condições normais de temperatura e pressão foi voltando pra casa de ônibus uns 3 anos atrás.
Mas com meu primo, é garantia de pelo menos uma seção demoníaca de risadas que fazem a barriga doer e que sempre têm um motivo bem tosco.
Mas okay, deixando a risada que vou dar no sábado, vamos seguir num formato linear e organizado - do jeito que gosto.
1º Dia - Quinta-feira
Partidas civilizadas não têm um terço da diversão de uma partida insana. |
Nos reunimos eu meu primo e mais dois amigos meus lá em casa pra jogar videogame - coisa que já fazemos há mais de 10 anos. Destaque para uma partida de Fortune Street em que eu estava fodido graças as ações anti éticas dos meus amigos, então tive que me unir com meu primo para ter qualquer chance de "vitória". No fim, um de meus amigos estava disparado na frente e tivemos que fazer uma tríplice aliança contra ele. Ele ainda assim garantiu que ia derrotar nós três, mas não foi o que aconteceu. O que aconteceu foi uma gritaria louca na ultima rodada. Foi foda, queria ter writing skills suficiente pra passar para a tela a emoção que uma partida de Banco Imobiliário no videogame pode ter.
2º Dia - Sexta-feira
Esse dia foi mais neutro, eu me meu primo começamos a zerar Spyro, um de meus amigos voltou e jogamos Call of Duty e Cloudgfdskingdom (prefiro zoar do que tentar escrever o nome certo e errar).
...
Hmm, isso tá parecendo diário de criança: "Dia 26, Querido hoje eu joguei videogame. Foi legal. Dia 27, querido diário, hoje eu também joguei videogame. Foi menos legal". Mas não consigo pensar em outra forma de escrever esse post.
Lembrando sempre que meus objetivos com esse post são:
1- Reler ele no futuro;
2- Mostrar que pequenas coisas são suficientes para tornar alguma experiência memorável, ou então, talvez, em outras palavras, apenas dizer o que é diversão pra mim.
...
Ok, mas a sexta feira não foi tão importante (a menos que a parte que eu ri pra caramba foi na verdade sexta, não sábado)
3º Dia Sabado/Domingo (contando a madrugada)
Então galera, então estava pensando aqui agora, nesse momento, e esse Sábado/Domingo, tambem conhecido como antes-de-ontem/ontem pode ter sido um dos melhores dias da minha vida. Você provavelmente vai pensar que vida bosta, mas, até o dia de hoje, meu melhor dia era , pelo menos oficialmente, um que eu tive um sonho bom quando eu tinha 7 anos. Eu me lembro de dizer pra mim mesmo naquela época "Esse é o melhor dia da minha vida". Mesmo que eu ache que tive dias muito mais fodas naquela época e depois também.
Mas vamos lá, o sábado começou normal. Eu e meu primo terminamos de zerar Spyro. Nenhum de meus amigos apareceu, quando de repente... resolvemos jogar Urban Reign. Nessa hora o momento muleque de 7 anos vem com tudo. Resultado ? Passados uns 3 rounds nós estávamos rindo like never before. Foi uma gargalhada composta por todas as fases:
Fase 1: Alguma coisa ou alguém faz alguma coisa engraçadinha, então o outro da uma risada forçada.
Pra mim, normalmente acaba na fase 1, mas...
Fase 2: A coisa engraçadinha se torna engraçada.
Fase 3: A pessoa que está com você começa a rir de uma forma muito engraçada.
Fase 4: Você começa a rir de uma forma muito engraçada.
Fase 5: A pessoa começa a rir mais ainda por causa da sua risada.
Ou seja, depois da fase 3, não tem mais volta, você só tende a rir cada vez mais intensamente.
Acredite ou não, uma boa gargalhada faz o seu dia.
Depois passou um tempo e todo mundo foi se preparando pro casamento, nada demais.
O casamento começou e foi tudo como o esperado, nada demais.
Neguim começou a dançar e me chamaram pra dançar também e eu fui, nada demais, apesar de algumas pessoas terem achado isso excepcional.
Ok, atingi minha cota de convívio social e já estava com sono e 99% pronto pra dormir. Mas aquele 1%...
Por algum motivo eu fui pra fora (esqueci de mencionar que o casamento foi na minha casa), onde estava rolando a festa uma mulher insistiu para que eu dançasse com o pessoal. Essa mulher é praticamente uma parente nossa, talvez seja, se considerar parentescos longínquos. Enfim, na hora eu nem levei muito a sério, ok, não poderia rejeitar um pedido de uma mulher tão bonita (cof cof a mais bonita presente).
Dancei alguns segundos, depois sai, mas ela insistiu para que eu voltasse. "Okaaaay, nada demais ainda", eu nunca iria pensar que haveria algo lá, afinal eu tenho menos de 20 anos e ela uns 40.
Dancei mais alguns segundos e sentei de novo. Mas dessa vez ela me chamou pra dançar com ela, eu confesso que fui pego desprevenido, e disse rejeitei o convite porque A) É o que as pessoas esperavam de mim e B) Eu não tããão fácil.
Não precisou de ela pedir três vezes, na segunda pedida minha irmã mandou eu ir, que era o sinal verde social que estava esperando. Então lá fui eu, ajeitei a camisa e segui em frente.
Durante a dança ela falou algumas coisas "interessantes" mas mesmo assim foi difícil decifrar o que ela realmente estava pensando.
Nesse momento eu já aceitei que talvez algo estivesse acontecendo então eu esperei a festa acabar pra ter a chance/desculpa-social para falar com ela na hora de me despedir.
E foi aí que meu dia fechou com chave de ouro: Na hora da despedida ela me falou algo como que ela era apaixonada por mim, ela realmente usou a palavra apaixonada. Porém devo admitir que ainda assim isso não me soou como uma confissão.
Então a questão que fica é: O que foi isso ?
Se essa história tivesse acontecido com uma menina da minha idade, solteira eu teria certeza de algo estava rolando. O problema é que ela tem um marido e filhos. (Não vejo a idade como problema, meu sonho é me envolver com uma mulher mais velha)
Eu não quero ser o garoto novinho cheio de esperança, mas eu não consigo deixar de pensar no "e se ?".
Mesmo que não role nada - o que seria completamente compreensível. Saber que há uma mulher daquelas que gosta de você seria sensacional. Afinal melhor do que amar, é se sentir amado.
Sendo honesto comigo mesmo, provavelmente nada vai acontecer de diferente depois disso.
Né?
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