domingo, 9 de maio de 2021

Jornada do blog e os últimos 6 anos

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De 2014 a 2021

 

Vivendo e aprendendo

    Galera, muita coisa aconteceu desde aquele ano onde a Alemanha fez 7 a 1 na gente. 2014 foi ... 6 anos atrás?! Meu Deus! Agora está explicado porque tanta coisa aconteceu...

    Em 2014 eu era um jovem estudante, finalizando o ensino médio e me preparando para o vestibular. Minha vida era basicamente isso. Eu estava começando (tardiamente, admito) a ser adolescente: descobrindo o álcool e mulheres, mas essas descobertas não foram nem de longe muito profundas. Meu foco era a faculdade.

    Em 2014 eu era um bom aluno, falava inglês razoavelmente. Conseguia interagir com as pessoas de forma minimamente aceitável. Porém, não sabia me impor, não sabia demonstrar interesse no sexo oposto, não sabia administrar a ansiedade (o que viria a dar merda em 2016). Não sabia do que eu realmente gostava (ou quem eu era) e se soubesse não tinha culhões para aceitar e expor isso ao mundo. Eu não tinha muita confiança em minhas habilidades, exceto minha inteligência (leia-se habilidade em fazer provas). Não tinha coragem de conversar com as pessoas sobre tópicos mais pessoais. Eu era um amigo escroto e achava que o Lobo de Wall Street era alguém admirável.

    Tadinho... em 2014 eu tinha 18 anos, mas nem de longe era um adulto.

    Hoje tenho quase 25 e me considero um adulto, tenho muito a aprender ainda, claro. Mas já faço um bom trabalho.

 

Vivendo e aprendendo

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Impossível não lembrar de Golden Boy, quando se fala em viver e aprender (+18)


    Hoje sou a mesma pessoa, só que muito melhor. Vamos fazer uma lista rápida (mais ou menos cronológica) com coisas que me aconteceram no topo da minha mente:

  • Entrei em uma universidade federal (e me formei em Eng. Mecânica)
  • Aprendi a lidar com pedras no rim e refluxo
  • Tirei minha habilitação
  • Morei em outra cidade, em república
  • Tive ansiedade e ataques de pânico e aprendi a gerenciá-los
  • Melhorei meu inglês
  • Aprendi Francês
  • Aprendi a desenhar (e hoje ganho a vida com isso)
  • Comecei a desenvolver jogos (e meu trabalho hoje também envolve isso) 
  • Aprendi sobre investimentos e já juntei mais de 100.000 reais (isso merece um texto)
  • Finalmente fiz meu fucking intercâmbio (merece vários textos)
  • Fiz um estágio em uma multinacional na França
  • Descobri que (provavelmente) sou autista
  • Aprendi a interagir com as pessoas de forma mais significativa
  • Aprendi muito sobre mim mesmo, sobre minhas falhas e meus pontos fortes
  • Comecei a fazer terapia

 

    Agora estou aqui. Não vou mentir estou bem orgulhoso com maioria dos meus feitos. Estou feliz de finalmente ter assumido o assento de motorista (tanto figurativamente quanto literalmente). Não vivo mais sendo empurrado pela maré.

    Aha! Quem diria, né? Quem diria que tudo isso fosse acontecer? E agora? O que acontecerá nos próximos capítulos??


O que se encontra à frente?

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    Não tenho bola de cristal, mas tenho alguns nortes definidos. Infelizmente, nenhum objetivo que tenho é tão claro e avassalador quanto o intercâmbio foi (por outro lado, talvez isso faça de mim alguém mais equilibrado, menos unidimensional). Sem mais delongas, meus objetivos agora são:

  • Voltar a postar aqui e ver se dá futuro
  • Aumentar meu salário com arte
  • Continuar com meus investimentos
  • Começar a dar aulas particulares de inglês/francês, para melhorar minhas habilidades sociais ainda mais
  • Abrir a porta para relacionamentos (mantive essa porta fechada por muito tempo)
  • Ter minha própria casa, com minha própria decoração

 

    Acredite, tenho muito conteúdo  que pode render textos bacanas para o blog. Posso compartilhar:

  • Minhas interessantes experiências no exterior
  • O porquê de fazer engenharia ser uma furada
  • Ensinar dicas para aprender uma língua rapidamente e com menos sofrimento
  • Minhas visões sobre dinheiro e investimentos
  • Arte furry ou "tradicional"
  • Dicas de como ser um freelancer internacional
  • E é claro, meus pensamentos filosóficos sobre mim, sobre as relações interpessoais e sobre o universo (a qualidade vai ser melhor que os textos antigos, eu prometo)




sábado, 8 de maio de 2021

Como me sinto sendo um blogueiro famoso

Redescobrindo o blog

    Estava procurando um texto (ultra pessoal) que escrevi nos meus arquivos pessoais, mas não o encontrei. Foi então que me lembrei desse blog. "Vai que ele está aqui?", pensei.

    Adivinha só? O texto realmente estava aqui (ele ainda está, se você estiver disposto a caçá-lo). Como diabos eu tive a coragem de postar tantos detalhes pessoais publicamente?! Não sei; mas, para ser honesto, é um pouco relaxante ver parte de seu lado sombrio exposto (mesmo que da forma mais vergonhosa possível). Planejo continuar... tenho muitos textos que não viram a luz do dia no meu disco rígido. E sim, eles são super vergonhosos. Mas minhas reflexões nunca foram tão pertinentes. Os últimos anos foram intensos e é como se tivesse vivido 10 anos em 2 à lá Juscelino Kubitschek.


Milionário do vale do silício

    Ao voltar, algo chamou ainda mais minha atenção nesse blog: comentários! Pessoas leram meus textos e gostaram tanto que resolveram fazer comentários! (fico agradecido a todos os comentários e visualizações, mas talvez seja tarde demais para responder). Depois eu vi que meu blog tem visualizações constantes (eu já deveria saber disso, já que elas existem há alguns anos). Na época provavelmente e não devo ter dado muita bola, mas hoje em dia eu farejo oportunidades. Essas visualizações exclamam uma alternativa de fazer uns trocados!

 

Olha só que bonitinho! Ignorem a queda brusca recente, sejamos otimistas.

    Atualmente, eu já vivo de internet (Holy shit! Meu sonho se realizou e eu nem percebi?!), mas se esse blog passar a me gerar uns 50 dólares por mês (dólar hoje a uns 5,3 me dá 265 reais praticamente grátis), já seria um belo incentivo para fazer algo que eu nem precisava de incentivo para fazer, para início de conversa.


Não apenas flores

    Mas nem tudo são flores... na verdade, na minha vida até as flores têm espinhos embutidos. E agora não é diferente. Analisando os textos mais vistos temos:

  • 1º lugar: Texto sobre o preconceito contra os furries (engraçado só de ver o título)
  • 2º lugar: Bluey! (Preciso finalizar a segunda temporada, falando nisso)
  • 3º lugar: Quando pararei de fazer merda? (sério, galera? Esse texto é muito ruim)

    O que isso significa? Significa que os textos que falam sobre mídia geram mais interesse que os textos que falam sobre mim. Você pode estar pensando "É óbvio né, quem quer saber de um cara aleatório (e anônimo) da internet?".

    Mas os textos que são sobre mim, na verdade não são sobre mim. Eles são sobre a condição universal humana.

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Reflita enquanto encara a vastidão cósmica

    Enfim, vou continuar fazendo os textos de sempre. Talvez dando uma pequena otimizada para chamar atenção. Mas sempre mantendo esse estilo de escrita super mega informal, porque escrever de qualquer outra forma seria um saco.

Eu sei, eu sei; esses textos parecem terem sido escritos por um adolescente. Inicialmente eles realmente eram, mas aquele menino cresceu, amadureceu, arrisco dizer que até melhorou sua escrita... mas continua sendo retardado e isso fica evidente nas minhas palavras.


domingo, 28 de julho de 2019

Bluey, o desenho Australiano


                Esses dias eu descobri um desenho sensacional. Ele é um desenho sobre um cachorro-caixa de 6 anos que na verdade é uma cadela.

Figura 1: Blue, Bingo, mom e dad.

                Esse desenho é feito para criancinhas australianas e seus pais. Mas, de alguma forma eu caí no meio desse público alvo. Esse desenho me faz sentir coisas, sabe, coisa que as obras de arte deveriam fazer. Assim como o início de Clarence, esse desenho mostra muito verdadeiramente o que é ser criança. Mas, além disso, ele mostra o que é ser pai. Pela primeira vez senti empatia também pelo lado adulto.
                Depois de Aggretsuko, que mostra o lado dos jovens adultos que acabam de se inserir no mercado de trabalho, veio bluey, que mostra como é ser pai de duas crianças. Me sentir como adulto provavelmente é o que me torna oficialmente um adulto. Digo mais, ouso dizer que esse desenho me fez decidir: eu quero filhos!
                Pena que para isso eu ainda preciso encaminhar minha vida. Para ter filhos eu preciso fazer uma série de coisas:

  • Viver minha vida de solteiro (fazer intercâmbio, viajar pelo mundo);
  • Arranjar uma mãe para as crianças, obviamente (provavelmente a parte mais difícil);
  • Conseguir uma fonte de renda minimamente confiável com uma base de investimentos que dê a minha futura família suporte;
·         Ver o que é que vai dar com minha atual família.

                Algo interessante, esse desenho me dá vontade de criar uma família, mas não me ajuda a criar forças para manter minha atual. O que quero dizer com isso é que minha família está me dando trabalho. Ao mesmo tempo que preciso lidar com as 1490 coisas relacionadas ao intercâmbio, faculdade e carreira; eu preciso lidar com minha mãe que está arrumando mil tretas sobre nada, meu pai que vez ou outra toma atitudes completamente insanas. Eu sinto que devo algo a eles, uma vez que eles tiveram o trabalho de me criar, mas de onde eu tiro a energia para fazer isso??
                Eu sou muito egoísta? Olha só o que eu consideraria um caminho de sucesso:
  • Fazer intercâmbio, conhecer vários lugares e pessoas, deixar meu Instagram fazendo minha vida parecer ser perfeita;
  • Voltar ao Brasil, terminar a faculdade, meu jogo. Arrumar um emprego ou estágio, ver minha família uma última vez (como cidadão do Brasil);
  • Conseguir uma proposta de emprego no exterior e me mudar para França/Suiça/Luxemburgo/Alemanha/Irlanda/Canadá/Nova Zelândia/Austrália ou algum outro país foda.
  • Me casar com minha namorada que conheci no intercâmbio ou nesse novo país;
  • Ter uma família feliz e contente;
  • Visitar o Brasil uma ou duas vezes ao ano, sendo aquele parente foda e raro que só aparece de vez em quando.

                Se eu queria viver com meus pais? Não me parece muito bacana... claro que não vou jogar eles num asilo, mas seria ótimo se eles puderem viver em uma casinha na minha rua, onde eles passam sei lá, só o verão (para não dar tempo da gente brigar). Assim a gente podia ir lá para o almoço, as crianças podem passar a tarde lá, etc. Acabando o verão, eles voltam ao Brasil e ficam por conta da Vanessa nos outros 6 meses. Justo, né?
                Mas, talvez o maior desafio será encontrar uma esposa bem ajustada no mundo de hoje dado o meu sex appeal nível chorume master. Existem muitas dificuldades a serem enfrentadas. Como:

·         Sex appeal nível chorume master;
·         Eu só me interesso por um número muito pequeno de pessoas;

                Só isso? Eu devo ter esquecido dos outros problemas, afinal já passaram das 10 da noite e estou com sono.
                Enfim, por hora eu preciso fazer o meu intercâmbio da melhor forma possível, investindo tanto na minha carreira quanto na minha vida social. Depois disso eu preciso descobrir onde meus hobbies artísticos vão se encaixar na minha vida. Além disso, preciso descobrir como vou deixar o Brasil...
                Já deu para perceber que há ainda um loooongo caminho a percorrer e, ao mesmo tempo, meu prazo não é tão longo. Então o que preciso fazer no momento é saber priorizar o que for mais importante e aproveitar a jornada, que na verdade se trata da minha vida. Existe uma grande chance de coisas que eu escrevi nunca acontecerem. Mas, se esse for o caso, ainda existem várias variações de uma vida significativa. Até porque tem muita gente com família, carreira e dinheiro que no fim termina miserável (emocionalmente).



Viu só por que eu gosto tanto desse desenho? Ele me faz pensar sobre a vida.

Ps: Provavelmente Bluey não está disponível no Brasil, mas reza a lenda que ele vai para o Disney+.
Ps2: Esse texto inicialmente só ia para minha pasta de textos particulares, quem sabe isso não significa que ele ficou mais autêntico?
Ps3: Se você fala autraliano, dá para encontrar episódios online. (Dica: autraliano = inglês, só que com sotaque mais legal)
Ps4: Ainda está muito caro, não comprarei. (Desculpa pela piada bosta)

A triste inércia

   Você já passou pela seguinte situação:
   Você está num ônibus viajando, olhando pela janela você começa a pensar na sua vida e no que você pode fazer quando "voltar pra vida real", por que você sabe é impossível tomar qualquer ação significativa durante uma viagem... né ?

   A questão é que você sai planejando tudo na sua cabeça e as coisas começam a se encaixar e você começa a se sentir empolgado pra viver essa nova vida que vai começar logo após você pisar fora do ônibus. Mas aí, no fim das contas, você percebe que já é a vigésima vez que você faz aquela viagem e já é a vigésima vez que você teve aqueles pensamentos que mudariam a sua vida.

   Pois é, nem preciso dizer que isso não acontece apenas dentro do ônibus, isso acontece a todo momento. E, apesar de eu me sentir feliz e otimista, no fim das contas tudo aquilo foi inútil.

   Acho que nós humanos viemos com um defeito de fábrica, um bug, que faz com que os planejamentos soem incríveis enquanto as ações não podem ser feitas. Uma vez que finalmente podemos colocar o planejado em prática, as coisas já não parecem tão interessantes.

   Se eu estou escrevendo sobre isso, então eu tenho alguma solução para o problema, certo ?

   Foi mal, mas não vai ser dessa vez. Vamos apenas reconhecer os fatos e seguir em frente com a vida, que talvez nem esteja precisando tanto assim de mudanças.

domingo, 30 de setembro de 2018

Quem sou eu?

  Hoje eu estava pensando em comprar uma camisa do Snoopy. Afinal, todo mundo sabe que Snoopy é legal. Mas então eu fiquei com a dúvida "será que isso refletiria minha identidade?".
  Ultimamente eu me olho no espelho e vejo um eu um pouco diferente. Depois de alguns meses levantando livros (vai dizer que você LÊ os livros?), eu tenho a impressão de estar com um aspecto menos "fino". Eu me pergunto se eu gosto do novo eu, afinal eu estava perfeitamente feliz sendo magro e toda essa história de levantamento de livros não passa da manifestação das pressões sociais em mim. Logo, estar forte, objetivamente significa que fui fraco.
  No entanto, apesar de logicamente não fazer sentido, eu gosto dos resultados. Então fica minha honesta dúvida: o que isso significa?
  Ser uma mera marionete da sociedade nem sempre é ruim?

Enfim, voltando ao que importa, usar uma camisa do Snoopy combina comigo? Não consigo sequer responder a esta pergunta.

Quem sou eu?

Sou inteligente ou burro?
Sou esperto ou sonso?
Sou feio ou bonito?
Sou excêntrico ou careta?
Sou másculo ou afeminado?
Gosto de artes ou de ciências?
Sou útil ou incompetente?

  A verdade é que fico oscilando entre essas categorias a todo o momento. Ora sou inteligente, ora sou um imbecil; ora sou excêntrico, ora sou careta... e assim por diante.
  Mas então onde fica minha identidade? Como posso me definir? Será que a personalidade é apenas uma ilusão?

  Parece que encontrei um muro filosófico o qual não tenho poder mental para ultrapassar. Não sei como lidar com isso, logo vou jogar minha carta curinga: niilismo.

  Foda-se a identidade, se eu estiver com vontade de usar a camisa do Snoopy eu a uso. Pra que complicar as coisas com essas perguntas?
  A quem estou enganando, adoro fazer essas malditas perguntas.