domingo, 30 de setembro de 2018

Quem sou eu?

  Hoje eu estava pensando em comprar uma camisa do Snoopy. Afinal, todo mundo sabe que Snoopy é legal. Mas então eu fiquei com a dúvida "será que isso refletiria minha identidade?".
  Ultimamente eu me olho no espelho e vejo um eu um pouco diferente. Depois de alguns meses levantando livros (vai dizer que você LÊ os livros?), eu tenho a impressão de estar com um aspecto menos "fino". Eu me pergunto se eu gosto do novo eu, afinal eu estava perfeitamente feliz sendo magro e toda essa história de levantamento de livros não passa da manifestação das pressões sociais em mim. Logo, estar forte, objetivamente significa que fui fraco.
  No entanto, apesar de logicamente não fazer sentido, eu gosto dos resultados. Então fica minha honesta dúvida: o que isso significa?
  Ser uma mera marionete da sociedade nem sempre é ruim?

Enfim, voltando ao que importa, usar uma camisa do Snoopy combina comigo? Não consigo sequer responder a esta pergunta.

Quem sou eu?

Sou inteligente ou burro?
Sou esperto ou sonso?
Sou feio ou bonito?
Sou excêntrico ou careta?
Sou másculo ou afeminado?
Gosto de artes ou de ciências?
Sou útil ou incompetente?

  A verdade é que fico oscilando entre essas categorias a todo o momento. Ora sou inteligente, ora sou um imbecil; ora sou excêntrico, ora sou careta... e assim por diante.
  Mas então onde fica minha identidade? Como posso me definir? Será que a personalidade é apenas uma ilusão?

  Parece que encontrei um muro filosófico o qual não tenho poder mental para ultrapassar. Não sei como lidar com isso, logo vou jogar minha carta curinga: niilismo.

  Foda-se a identidade, se eu estiver com vontade de usar a camisa do Snoopy eu a uso. Pra que complicar as coisas com essas perguntas?
  A quem estou enganando, adoro fazer essas malditas perguntas.



2 comentários:

  1. Hoje mesmo aconteceu algo comigo que me fez pensar um pouco nisso, mandei uma mensagem para 2 amigos, era a mesma frase, só que pra um eu escrevi de um jeito e para o outro de outro jeito, por um segundo me perguntei o porque disso, qual foi o misero detalhe, a característica que fez eu decidir escrever diferente, e logo depois eu apenas ignorei, pois são tantas as possibilidades, que decidi que pensar sobre isso era inútil.
    Sei que os traços de personalidade são muito complicados de entender, e existem tantos detalhes que não da pra imaginar
    Sou a pessoa com gostos mais diferentes e extremos que eu conheço, Por exemplo não gosto totalmente de NENHUM genêro musical, porém gosto de músicas de TODOS os estilos, mas algumas bem específicas, então já desconsidero a idéia de que os gostos de alguém vão sempre pender pra um lado semelhante, para mim é apenas essa idéia social que você TEM que escolher um lado, não pode ser o meio termo.
    Não sou muito bom com conselhos e dicas... Mas se eu tivesse que dizer algo a respeito disso eu diria, continue assim kkkk, com esse "nilismo", não complicar as coisas é bom.

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  2. Hahaha Não dá, eu não consigo parar de complicar as coisas XD
    Mas no fim, tanto questionamento acabou me ensinando um pouco sobre mim.
    Hoje eu acredito que não escolher um lado e ficar no meio termo (como você disse) é o melhor que posso fazer. Não precisamos ser isso, ou aquilo. Podemos ser um pouco dos dois em momentos diferentes.
    Engraçado que o conselho que você me deu em 2020 foi semelhante ao que meu analista me deu essa semana hahaahah

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