sábado, 12 de dezembro de 2015

Pensando na natureza do preconceito contra furries

  * Esse texto possui muitos termos que nasceram da internet como furry, fandom, etc, então peço desculpas se você não entender nada, porque não me dei o trabalho de explicar nada, nem de postar links úteis. Minha culpa...



Alerta! Texto furry à frente



   Eu vou admitir: não costumo dar muita bola para preconceito, afinal, eu sou branco, hétero e pertencente classe média. Então o preconceito nunca foi algo muito presente em minha vida.
   Mas agora que o problema bateu de leve na minha porta, eu vou parar de ignorá-lo.
   Eu costumo não ligar pra textos sobre preconceito, não sei nem explicar bem o porquê, mas é algo próximo de:

1 - Egoísmo: isso não é problema meu. (pelo menos eu não sou hipócrita)

2 - Minha visão da sociedade de que o preconceito é inevitável.

3 - Meu ódio por esse tipo de texto que quer nos ensinar como viver, sempre nos dando uma verdade universal.

   Por isso vou tentar ao máximo me afastar de criar esse tipo de texto.
   Como ?
   Simples, eu vou adicionar o seguinte parágrafo:

   Esse texto representa a opinião exclusiva do autor, ele irá falar sobre ela como se ela fosse uma verdade comprovada (mesmo que  ela não seja). Ou seja, como se meu ponto de vista sobre como as pessoas deveriam agir ou pensar fosse, de fato, melhor para a sociedade e para o próprio indivíduo se analisadas todas as variáveis. Sim, pode ser que eu esteja totalmente enganado.

   Ok, agora que eu me livrei da responsabilidade de falar verdades absolutas, aqui vai o texto:

   Hoje um amigo meu descobriu que eu sou um furry. Beleza. De qualquer forma, ele me zoou como o esperado, tudo ok.

   Depois que ele foi embora eu fiquei com um gostinho amargo de preconceito na boca, então eu resolvi dar uma pesquisada na internet sobre preconceito contra furries.
   Entretanto, a maioria de textos que eu vi em defesa dos furries foi decepcionante e eu explico por que:

   Os textos eram escritos por furries, afinal por que uma pessoal "normal" iria querer defender essa corja ? Até ai ok, mas o problema é que muitos textos tinham a seguinte estrutura:


   Eu sou furry.
   Os furries não são o que você pensa.
   Eu, como a maioria dos furries, não faço uso de pornografia furry e nem uso fantasia (fursuits) como aqueles outros furries que mancham a fandom fazem.

   Entenderam onde quero chegar ?

   Os furries, para se defender, apontam para aqueles "mais esquitos" a fim de retirar o peso de seus ombros. Eles discriminam para não serem discriminados.

   Não me parece uma escolha razoável, você não concorda ?



   Então, meu texto em defesa dos furries é: Oi, meu nome é Mohammed, eu sou um Furry, não só furry, mas também brony... ah ! Também ouço Spice Girls. Ou seja , tenho todos esses rótulos questionáveis.
   A respeito do fato de ser furry, não eu não costumo ver pornô de animais antropomórficos, também não uso fantasias de animais, mas até usaria se eu fosse em alguma convenção da fandom.
   A respeito dos furries que fazem todas as coisas "repulsivas" da fandom, eu digo: Excelente, continuem fazendo aquilo que gostam. Até porque todos, repito, todos nós fazemos uma coisa ou outra que é muito esquisita e vocês não são diferentes disso.

 

Sem medo e sem delírio: visitamos a maior convenção furry do Brasil - Fotos  - R7 Hora 7
Continuem sendo quem vocês quiserem ser



   Ah ! A respeito daquele amigo mencionado no inicio do texto, acabou que ele é na verdade um furry também, descobri agora a pouco por whatsapp... que irônico né ? E o melhor, ele é o tipo de furry que faz uso do bom e velho "porn"... pois é, daqui a pouco descubro que ele é brony também...

Somos todos furries !


   Um feliz natal a todos os leitores ! sim, provavelmente não vou postar durante um tempo. Planejo revisar o texto em breve...

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Praticamente de férias

     Como o título já diz, eu estou praticamente de férias ! E você sabe o que isso significa ?


Esqueceu que não tem praia em Minas ?


     Isso mesmo ! Postagem-filosófica-analisando-meu-estado-contemporâneo, esperto você hein.

     Ontem eu fiz a ultima prova de cálculo (se eu passar direto claro) e, se você faz/fez engenharia, você sabe fazer a última prova de cálculo e de física significa que as férias estão a um peido de distância.
     Enfim, agora que contextualizei vocês, vamos seguir em frente.


     Estresse

     Não sei se sou só eu, mas ter várias provas chegando, autoescola e tal me deixa bem tenso. Ok, qualquer obrigação pendente me deixa tenso. O problema piora quando eu tenho que seguir um planejamento (eu tenho o péssimo defeito de errar a data/local), então tenho que ter atenção em dobro pra não esquecer de sair algum dia correndo da aula pra chegar a tempo na autoescola, ou para não deixar duas coisas marcadas para o mesmo horário, etc.
     Ou seja, eu estou preocupado demais com tudo e cobrando de mim que eu faça tudo perfeitamente. Tá... Falando assim faz parecer ainda mais agonizante do que realmente é, mas acho que dá pra pegar a ideia. A questão é: por que tanto estresse ?

     Nessa parte eu fico confuso. Eu sei que a vida é simples, sei que vou morrer e que nada é realmente importante. Simplesmente não é. Aliás, quando eu penso nisso me dá um alívio, afinal, a vida não tem o sentido, então vamos curtir...
    Bacana e tal, mas, curtir não vai me fazer passar nas matérias do período.

     -É, mas você acabou de reconhecer que essas coisas não são realmente importantes. Você indaga fervorosamente.

     Sim, eu sei. Mas, ao mesmo tempo, minhas notas são tudo o que eu tenho. Elas que fazem eu aceitar minha falta de vida social. Elas que fazem eu acreditar no meu potencial e na possibilidade de, no futuro, me tornar um milionário.

     Então, qual é a saída ? Meio termo ? Será que realmente existe meio termo nisso?

     Sei lá.

     Produtividade

     Antes de começar a falar qualquer coisa, já adianto: Não, eu não sou um daqueles ratos de produtividade,  que passa horas lendo sobre o assunto na internet, adotando métodos novos para ser super produtivo. Eu já fui, mas depois percebi o quão paradoxal tudo isso era.
     De qualquer forma, eu estava esperando ansiosamente as férias para:

-Voltar a desenhar;
-Pesquisar sobre assuntos que vão me levar a meu primeiro milhão;
-Fazer um backup no meu computador;
-Escrever no Blog;

     Etc, etc. O fato é que são atividades que eu gosto, mas que por algum motivo eu simplesmente não faço.

Qual será o motivo ?

Hipótese A: Meu cérebro não gosta da palavra produtivo, então toda vez que classifico algo assim, ele rejeita.

Hipótese B: Como não há consequências negativas claras e imediatas (como ser reprovado, por exemplo), meu cérebro simplesmente não se dá o trabalho de realizá-las.

Hipótese C: Como agora eu finalmente tenho tempo livre, eu tenho a possibilidade de deixar as tarefas para depois, que é o que está acontecendo.

     Humm, Acho que a Hipótese correta é a D: Todas as afirmativas estão corretas.


     Bem, acho que é isso que eu tinha pra falar hoje. Vou voltar a postar com mais frequência agora que eu finalmente tenho tempo.
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     Relaxa, apesar da procrastinação eu garanto que vou postar algo logo. Talvez um dos meus desenhos feitos no 3ds...

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O quanto vale 24 horas ?

   Se você acha que esse texto vai falar de produtividade ou qualquer outra merda dessas você está redondamente quadrado, digo errado. Queria que fosse.

   Ainda no Domingo eu já sabia que hoje seria um dia difícil. Mas eu não preveria que o nível de dificuldade seria mais de 8000.


   Meu cronograma pra hoje era:
Curso de SW;   (dei erradamente certo)
Se desse tempo aula de estatística; (não deu)
Almoço; (deu certo (!))
Fazer credenciamento e assistir palestra inicial; (parcialmente errado, ou parcialmente certo)
Sacrificar palestras pra correr pra aula de Cálculo; (deu certo na medida do possível)
Sair da aula de Calculo correndo pra auto-escola; (deu errado levemente)
Lanchar em casa; (deu certo, com uma pontinha de erro)
Voltar pra UFV pra assistir as palestras à noite; (deu MUITO ERRADO !!!)


   Qual a primeira coisa que alguém faz no dia ? Acorda né ? pois bem, eu já comecei acordando errado: meu celular misteriosamente descarregou na madrugada. Resultado ? O despertador não tocou, então acordei 25 min atrasado E tive que racionar a bateria do celular o dia inteiro.

   Moleza.

   Eu só agilizei minha vida em casa e apertei o passo então só me atrasei menos de 10 minutos para o curso que teria às 8.
   Não falei do curso ? Pois bem: o curso fazia parte da Semana Acadêmica de Engenharia Mecânica (SAEM), havia apenas 15 vagas e só os mais espertos e sagazes conseguiram uma vaga. Lógico que eu fui um deles.

   Errado. Eles haviam disponibilizado uma lista dos que conseguiram vaga no facebook, mas como eu não uso facebook e sou muito sonso eu esqueci de ver a lista. Mas qual o problema ? Eu provavelmente conseguira a vaga.

   A verdade é que minha sonseira desta vez me ajudara, eu fui com o intuito de que qualquer coisa, eles falassem pra mim que eu não estava na lista e eu iria pra aula de estatística às 10. Acontece que eles só fizeram a chamada lá pro meio do curso, então eles acabaram me deixando lá e o melhor: eu ainda vou ganhar o certificado de horas gastas em atividade extracurricular!
   As vezes eu erro com sabedoria. Sai me sentindo o fodão cara-de-pau.

   Até aí tudo bem né ? eu sacrifiquei uma aula de estatística por um curso de Solid Works.

   Ok, fui almoçar em seguida andei cerca de 1 km no sol pra chegar no local da palestra. Cheguei lá peguei meu crachá e sentei na poltroninha na expectativa de conseguir ver o início da primeira palestra. Entretanto, tudo o que vejo é um coral. Tudo bem né ? Não, eu quase passei vergonha nessa parte também: o coral tava muito engraçado e eu precisava muito rir. Lendo isso parece que foi legal, igual na formatura quando a turma riu durante o minuto de silencio dedicado a uma professora que falecera. Mas hoje o único mongol era eu. a Sensação de segurar um riso tão forte não é boa.
   Enfim, isso não é nada demais. Sai do auditório correndo pra não passar vergonha e fui para a aula de cálculo.
   A aula de Calculo foi ok. Mas também, como eu poderia arruinar uma simples aula ?
   De qualquer jeito, o fodão qui teve que sair mais cedo para passar em casa pegar um comprovante de pagamento de uma taxa da autoescola que eu deveria ter colocado na mochila.
   Na aula de direção surpresa ! Eu não bati o carro !
   Mas eu tive aula exatamente em frente ao auditório onde estavam tendo as palestras, na verdade, no memento do coffee break que eu tristemente perdi :(3

   Voltei da autoescola, passei no supermercado, lanchei em casa. Beleza.

   Será que eu deveria ir pra UFV ver as palestras da noite ? É tão longe (exatamente 3 km só de ida).

   Eu aguento.

   Eu fui. Quando chego em frente a PORRA do lugar tudo escuro.

   Ué, parece até que tá fechado, mas é claro que não tá porque... NÃO ! NÃÃÃÃO !! a palestra é no departamento de engenharia de alimentos que eu nem sei onde é !

   Por quê ? Por quê eu faço isso comigo? Por quê ?

   Eu ainda fiquei uns 20 minutos rodando pela UFV pra ver se achava a porcaria do departamento, mas acabei desistindo e aqui estou eu agora.



   Hoje foi um dia difícil, não, prefiro chamar de desafiador. Jogo da vida nível hard.


Então é isso. Eu não vou revisar samerda porque estou muito cansado, afinal andei mais de 10 km hoje sendo que quase metade foi em vão...

sábado, 7 de novembro de 2015

Mudança cíclica

   Outro dia eu estava lembrando de quem eu era no primeiro período da faculdade e no 3° ano do ensino médio. E puxa ! Como eu mudo constantemente !

   Vou explicar melhor: Antes eu achava que tivesse mudado apenas na transição escola-universidade, mas, na verdade, eu mudei muito mais vezes do que eu percebo.

   As mudanças são sutis e normalmente internas, para as outras pessoas eu mudei pouca coisa (fiquei mais confiante e menos tímido, mas fora isso, acho que não mais muita coisa). As mudanças são internas e de prioridade de vida. Veja:

   No final do ano passado, minha prioridade era passar no ENEM.
   No inicio do 1° período, minha prioridade era ser extrovertido.
   No meio do 1° período minha prioridade era pegar alguma mulher em alguma festa.
   No fim do 1º período minha prioridade era ficar rico.
   No início do 2° período minha prioridade era pegar alguém.
   Pouco tempo depois minha prioridade era ficar milionário e comprar um Porsche.
   Por fim minha prioridade tornou-se pegar uma mulher específica.

   Viu ? Essas prioridades são os pensamentos que eu tenho quando estou andando na rua, ou em qualquer momento de ócio. E dá pra perceber também que algumas prioridades formam um ciclo, elas vão e vêm. O único problema é que não vejo evolução em um ciclo.



   De qualquer jeito, eu não estou muito preocupado com evolução (nesse momento), por que eu quero sempre ser o melhor ? Parece muito mais maneiro ser um bobo alegre, se bem que os bobos não recebem muito respeito... ah, da pra ser alegre sem ser bobo.

   Enfim, um texto pra voltar às postagens no blog, que já estava parado faz um tempinho.

   Ps.: Little Mix !! Descobri antes de ontem, baixei ontem e estou ouvindo agora.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Como pensar

   Eu costumo encarar a navegação descompromissada pela internet como uma perda de tempo, mas, em algumas vezes, eu encontrei algumas jóias que mudariam a minha vida.
   Uma dessas vezes foi há muito tempo atrás: lá estava eu acessando o minilua, quando li um post sobre uma pesquisa (nessa pesquisa eu confio) que mostrava que quando questionadas, pessoas que não sabiam jogar xadrez diziam que se jogassem uma partida contra outra pessoa que também não soubessem xadrez, elas se sairiam melhor.

   Isso pesquisa mostra que a maioria das pessoas se classificam como mais inteligente que a média. O que não é verdade.

Minha vida mudou

   Naquele dia eu senti meu mundo dar uma chacoalhada. Eu era o melhor aluno da sala, então eu era mais inteligente, certo ? Errado, todos tem uma desculpa para pensar que são melhores do que os outros, especiais...
   Então eu trabalhei essa questão na minha mente, eu até lidei bem com isso, na verdade. Agora eu só observava as pessoas. Observava as pessoas que morriam de medo de falar besteira - para não parecerem burros. Vi pessoas que justificavam seu mal rendimento na escola/faculdade com alguma desculpa que seria algo do tipo:
   "Eu tenho facilidade para aprender, mas devido a X eu não consegui Y".
   É claro que nem todas as pessoas se encaixam nesse perfil, mas eu me assusto com a quantidade de vezes que eu ouço isso. O que eu faço em relação a isso ? Sorrio e aceno...

Até que tudo fica paradoxal...

   O problema é que ao sorrir e acenar eu já adoto uma posição de superioridade, mesmo que apenas interiormente. Agora eu percebo algo que 90% das pessoas não percebem, logo sou melhor/mais inteligente que eles. Muito contraditório.
   Ou seja, agora eu voltei a estaca zero: Eu me sinto mais inteligente que os outros porque vejo a todo momento pessoas tentando afirmar seus respectivos egos. Dessa forma eu afirmo o meu ego. Que bosta! eu sou igual a eles!

Certo ou errado ?

   Qual é o lado positivo disso ? Bem, ninguém nunca me disse que eu preciso ser o cara perfeito que não tem que lidar com um ego problemático (também chamado de ego normal). Talvez nem seja possível ser isso, por que se eu buscar atingir esse estágio eu vou estar apenas tentando ser melhor que os outros.
   O outro ponto positivo de me sentir melhor que os outros é que eu posso seguir meus sonhos. Pois pessoas medíocres não realizam meus sonhos (em média).  Então essa é a forma de eu poder sonhar em ser rico, por exemplo.



Então, espero que a ideia tenha sido entendida, eu não vou revisar esse texto porque ninguém visita esse blog mesmo.