domingo, 31 de maio de 2015

Projeto X

   Eu achava que depois da festa iria fazer um texto completamente diferente...

   Projeto X em viçosa !?

Até parece

   Bela bosta.

   Faz um tempão que eu comprei o ingresso para uma festa chamada "Projeto X".
Podem me chamar de inocente, porque eu imaginava uma festa minimamente parecida com a do filme homônimo.

   Doce ilusão.

   Eu também imaginava que a festa seria em algum lugar fechado, já que em viçosa chove do nada.

   Doce ilusão.

   A festa parecia essas exposições que tem em cidades pequenas, só que 3x mais concentrado.

   Mas acho que isso não torna uma festa ruim (talvez vazio fosse pior), então eu vou falar do que foi uma merda nessa porra de festa, depois do que foi bom e por fim, vou falar das implicações dessa festa na minha vida. Isso é importante pro meu eu do futuro.

   O que foi bosta:



- Não tinha banheiro masculino!
   As mulheres tinham banheiros químicos e os homens tinham o mundo. O resultado? Barro feito de mijo.
   Mas sério, o banheiro dos homens era um muro com uma barreira de pano-papel que não lembro o nome. Uma mulher tarada faria a festa numa ocasião dessas. Alguma deve ter feito.

- Acabou cedo. Na verdade isso foi um aspecto bom pra mim, já que eu já estava querendo ir embora. Mas acho que as pessoas normais não curtiram.

- Eu tomei fora de uma mulher feia ! Pode ser escroto para você estar lendo isso, até porque ninguém gosta de ficar ouvindo alguém se achando, mas eu não quero ser hipócrita no meu próprio blog.
Eu não quero ter que chegar em uma mulher feia, bêbada e de valores questionáveis, só para autoafirmação.

O que foi bom:

- O DJ foi bacana, quase não rolou funk e quando tinha, era uma versão engraçada e escrota de alguma música. Mas o que foi bom mesmo foi o ranger verde no palco.
Eu me lembro que estava lá tranquilo, quando olho pra cima vejo um power ranger ! Por algum motivo eu achei aquilo muito foda, além de a roupa tava bem feita.

- Pelo menos eu passei um tempo com os amigos, então mesmo a festa sendo um cu, deu pra eu cumprir minha cota social.

Tinha até a espadinha

   Ok, agora vamos aos desbravamentos que isso provoca na minha vida:
   Depois dessa festa eu me sinto mais leve por diversos motivos:
- Eu bebi, mas contei pra minha mãe, ou seja, sem segredos.
- Muita gente é tão ruim em pegar mulheres quanto eu. Fora que eu fui seguir a ideia de meu amigo de chegar nas meninas dançando e só percebi o quão escroto isso é depois da festa, é claro que isso não me torna melhor com as mulheres, mas se eu tivesse chegado decentemente nas mulheres talvez eu tivesse pegado alguém, apesar de que agora isso não é tão importante porque eu provavelmente pegaria uma feiosa de qualquer jeito.

   O próximo eu vou falar um pouco mais:
- Não me sinto na necessidade de pegar mulheres mais.
   Eu já estava querendo ligar o foda-se para as pressões sociais, mas eu tinha que tentar mais uma vez, porque a ideia de desistir quase sem tentar não combina comigo. Eu já estava ciente que a maioria dos meus objetivos de vida eram relacionados a ser bem-sucedido socialmente e que eu precisava analisar isso melhor.

   Mas agora eu não ligo mais para o que a sociedade pensa, na medida do possível, claro - ainda quero ser rico. -----Eu sei que a sociedade não é um ser maligno que só quer tornar a vida das pessoas mais difícil, na verdade acredito que a sociedade é uma entidade formada por todos nós que acabou assumindo uma forma imprevisível (assim como a economia).----
   O que acontece agora é que eu vou me concentrar em mim. Eu vou me concentrar em me divertir sem receios: assistir a My Little Pony, desenhar furries, aprender alemão, falar sozinho. Eu vou parar de tentar ser ser o fodão para sociedade para ser o fodão pra mim (esses fodões são diferentes entre si). Assim a sociedade pode me ver como fodão mesmo assim ou como esquisito, mas vou me esforçar ao máximo para não me importar com isso.
   Especificamente falando das mulheres, sim eu ainda gosto delas, mas isso não passa de desejo biológico misturado com pressões sociais. Como eu fui capaz de viver minha vida muito bem até agora sem elas, não há motivos para eu ficar forçando a barra. (Só espero que meus melhores amigos não me abandonem por suas namoradas no futuro)
   Fora que é muito desgastante depender de outras pessoas para algo que você não é exatamente bom em convence-las a fazê-lo. Por exemplo, nós dependemos de contato social, ninguém vive bem isolado, mas eu sou bom em fazer amigos e me divertir com eles, então nesse caso, a relação social é revigorante e prazerosa (quase sempre). Por outro lado, ficar correndo atrás de mulhezinha que eu nem acho bonita para conseguir aprovação de mim mesmo e dos outros é algo estúpido e desgastante.

   Na minha vida eu já quebrei a cara tentando ficar com alguém que eu realmente gostava e também já quebrei a cara na pegação descompromissada, mas não acho que exista um certo ou errado aí, talvez no futuro um dos dois dê certo, mas até lá eu vou me preocupar com outras coisas.

   Então é isso, mais um texto super-pessoal que me impede de mostrar meu blog para conhecidos.

   Bom domingo pra mim.

  ps.: Descobri ontem ou antes de ontem que toto (a banda) é foda.


terça-feira, 12 de maio de 2015

1° Seminário na Faculdade

   

A faculdade recebe uma certa mistificação por aqueles que fazem o ensino médio. Pelo menos eu fazia. Eu já tinha visto pessoas falando que a faculdade não é bem isso ou aquilo, mas também ouvira o contrário.

    Então só me restava deixar minha imaginação fluir. Eu lembro que meu medo era chegar na faculdade e não fazer amizade com ninguém, já que fazia muito tempo em que eu não fazia um amigo "on my own."

    Entretanto, esse foi o menor dos problemas, na verdade, nem chegou a ser um problema. Eu nem me reconheci: sai falando com geral e no final da primeira semana já havia falado com todo o "grupo principal" da sala. A verdade é que conhecer gente nova nos primeiros dias é extremamente fácil, porque todos estão na mesma situação que você e eu, surpreendentemente, já estava ciente disso.

    Mas porque eu estou falando isso ?

    Por que hoje foi o meu primeiro seminário e aí essa história se repete. Se há algum resquício da minha timidez esse é o medo de falar em público.

Até ontem essa imagem poderia ser assustadora.


Mas eu estou em um momento da minha vida no qual eu não corro de meus medos, na verdade, eu corro para os meus medos. Porque caso fique na minha zona de conforto pra sempre, eu nunca vou ter uma vida significativa (e provavelmente serei pobre). Então, quando eu vi que tinha um seminário pra fazer eu decidi:

1 - Ser o ranger vermelho do grupo:
Meu eu de 6 anos estava certo, eu tinha que liderar. Então eu dei o pontapé inicial: criei o grupo do grupo no whatsapp, tomei o máximo de decisões possíveis - coisa que eu não estava acostumado a fazer, já que geralmente eu deixava os outros decidirem tudo. No fim das contas eu não fui o líder supremo do grupo, mas pelo menos fiquei com as tarefas que eu queria e fui, no mínimo, um co-líder. Algum estranho lendo isso pode achar fútil eu dar importância a isso isso, mas eu acho que entender os papéis sociais de cada um é muito importante.

2 - Eu ia SIM fazer a apresentação.
Eu achei que meus colegas fossem brasileiros normais e iriam fugir da responsabilidade de apresentar o seminário, mas o que ocorreu foi o contrário. Resultado ? Os seis integrantes falaram lá na frente, quando era pra ser no máximo 4...
Eu não sei se eles escolheram isso pra fugir da responsabilidade de fazer um resumo, pra buscar reconhecimento ou pra se desafiarem (meu caso).

Beleza.

    Até alguns dias atrás tudo estava ocorrendo como planejado. Foi aí que eu dei uns passos pra trás  e eu não sabia se ia ou não falar sobre flutuabilidade. No fim das contas (ou na manhã de hoje) lá estava eu no meu quarto desesperado por que ia ter que apresentar. Eu desisti de falar da flutuabilidade e deixei pro atrasado falar. Mas ainda tinha que falar a introdução, o que já era suficiente pra me fazer suar no frio de viçosa em meu quarto. Para tentar melhorar as coisas eu escrevi exatamente o que eu teria que falar e isso acabou funcionando surpreendentemente bem: qualquer coisa era só ler o roteiro.

    No fim das contas eu cheguei na sala e comecei a aplicar a minha filosofia de vida: "Fake it 'till you make it". Dei uma de relaxadão e tal, estava bem nervoso por dentro, mas por fora, bem, por fora eu estava "no clima". Na hora da apresentação o nervosismo chegou a mil, mas foda-se eu precisava manter minha máscara, eu precisava fazer o meu show. Então eu transformei ao máximo meu nervosismo em energia cinética. Minhas pernas bambas viraram pernas andantes e lá estava eu em cima do palco lançando o "estilo carioca" (assim que me descreveram). Eu estava gesticulando loucamente e nego falou que teve uma hora que eu me inclinei pra trás e abri os braços (eu começo arir sozinho só de lembrar desse momento de ápice de expressividade). Como alguém diria que esse cara estava louco de nervoso? Outra hora eu falei que não sabia nada de fluidodinâmica - meu tema - antes de começar a fazer o seminário e, não sei o porque, talvez a forma como eu falei, mas as pessoas adoraram. Acho que as pessoas nem perceberam o meu nervosismo, sério.

    No final, tudo saiu melhor que o planejado, o que é esplendido, já que praticamente nada na minha vida sai melhor que o planejado - tá ai o lado ruim de ser otimista. Mas enfim, perto da hora da apresentação eu só conseguia pensar no fracasso. Eu tentei adotar a filosofia dos samurais de fazer tudo com calma, mas não rolou(pelo menos fake it 'till you make it funcionou como sempre). E cá entre nós né ? Eu por acaso sou do tipo que acredita em autoajuda de samurai ?

    Agora eu me sinto mais motivado para falar em público, na verdade eu estou, realmente, com vontade de fazer mais apresentações. O sentimento de missão cumprida, de satisfação comigo mesmo é o meu crack.

    Eu sou achievement oriented. E esse é meu desabafo (positivo) de hoje.